O cancro é um clone anormal de nós mesmos. Normalmente, os nossos tecidos crescem até encontrarem outros tecidos. Mas, como nem sempre este processo é linear, há células que além de crescerem demais não respeitam fronteiras, invadem os tecidos vizinhos e formam um cancro.
O Dia Mundial do Cancro é um evento global que visa unir a população em torno da luta contra o cancro. Sensibiliza-se e educa-se.
Leiam estas ideias de Manuel Sobrinho Simões, professor de Medicina, Patologista, diretor do IPATIMUP
Normalmente, os nossos tecidos crescem até encontrarem outros tecidos. Mas, como nem sempre este processo é linear, há células que além de crescerem demais não respeitam fronteiras, invadem os tecidos vizinhos e formam um cancro. Razões? Fazemos neoplasias malignas, isto é, cancros, à custa da interação entre o nosso estilo de vida e a nossa suscetibilidade genética. Sendo a célula maligna quase imortal, atualmente não se consegue curar o cancro. Somente controlá-lo. «Não podemos matar o cancro. Para o matar tínhamos de nos matar a nós próprios». Contudo, podemos impedir que ele cresça. E podemos removê-lo se ele ainda estiver nas fases iniciais. Depois, o prevenir, o cuidar, o aprender a viver com a doença, melhora o estado das pessoas, «faz com que a pessoa se sinta um ser humano com vontade de viver».
Um cancro é um tecido novo que cresce dentro de nós, daí a palavra neoplasia, novo tecido. Numa cicatriz fazemos um tecido novo. Mas a nossa cicatriz para no sítio certo. Se a cicatriz começar a crescer para além e invadir o tecido conjuntivo por baixo, passamos a ter o aspeto de cancro. As cicatrizes hipertróficas e invasoras são uma espécie de tumores, pois perderam a capacidade de parar na fronteira.
Há truques para impedir que a célula faça este percurso, isto é, que a célula mande as suas proteínas e que essas proteínas vão para a membrana. O tratamento dos cancros, ainda hoje é, sobretudo, um problema de medicamentos. Todos os meses aparecem novos tratamentos e alguns constituem avanços significativos. Podemos resumir dizendo que, nesta altura, mais de metade das pessoas com cancro não morrem dessa doença.
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